segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Bloco Carnaval 2018

A ONG Rio Vivo e seus colaboradores, alem de querer deixar Brotas uma cidade mais legal ambientalmente, apresentam a marchinha para este carnaval de 2018, buscando conscientizar a galera com alegria sobre a Campanha Jacaré Recicla e irá animar a todos durante o desfile do bloco que irá fechar o desfile no sábado e segunda deste carnaval 2018, tendo abada e kits que deixaram o bloco mais bonito!!! Procure-nos para saber mais!

Todos estão convidados para participar da nossa folia em busca de uma Brotas mais linda e limpa!

Cante e brinque com a gente:



E um feliz e limpo carnaval!!! 😁👯👳👽👾💃

Como vive a família que há dez anos não gera lixo

Fonte: BBC

Um pote de vidro de um litro comporta todo o lixo produzido pela francesa Bea Johnson, de 43 anos, o marido Scott, de 54 anos, e seus dois filhos adolescentes, Max e Leo, durante um ano.
Nele vai tudo o que não pôde ser reciclado ou compostado. O frasco sempre acompanha Bea nas viagens que ela faz para dar palestras pelo mundo. “As pessoas se desconectam do impacto que o lixo vai gerar. Acham que, ao jogar as coisas fora, elas desaparecem”, disse à BBC Brasil.
Há dez anos, ganhou popularidade na internet sua mudança radical para um modo de vida sem desperdício. Morando em uma casa em San Francisco, nos Estados Unidos, depois de viver em Paris, Amsterdã e Londres, ela começou a escrever sobre a experiência da família para adotar um consumo consciente e viver cada vez mais com menos.
Ela se tornou uma espécie de “guru do green living (vida mais ecológica, em tradução livre)” e a precursora do movimento “zero lixo”, ao escrever o livro Zero Waste Home (Desperdício Zero – Simplifique a sua vida reduzindo o desperdício em casa, na edição lançada em Portugal)
A publicação já foi traduzida em 20 línguas e, mesmo sem ter sido lançada no Brasil, já é conhecida no país – Bea já visitou o Brasil para falar sobre a redução do lixo doméstico.
Hoje, cada brasileiro gera em média 1 kg de lixo por dia. No país, em 2016, a geração de resíduos sólidos urbanos foi de 78 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). São Paulo é o Estado que produz o maior volume.
A quantidade de lixo nacional supera os 770 gramas que vão diariamente para as lixeiras de cada japonês e se aproxima do 1,4 kg que os franceses jogam fora todos os dias. A produção de lixo por habitante é semelhante à de países desenvolvidos, mas o modo de descarte ainda é pouco sustentável.
Pouco mais da metade do lixo coletado (58%) no Brasil tem destino adequado: resíduos gerados por 35 milhões de pessoas são descartados sem nenhum tratamento, de acordo com a última edição do relatório Global Waste Management Outlook.
O país ainda não se livrou dos lixões a céu aberto, quase 10% dos brasileiros não têm acesso ao sistema de coleta e as taxas de reciclagem estão estagnadas nos últimos anos.
Viver com menos
No caso de Bea, a conversão ecológica começou em 2008, em plena recessão americana, provocada pela crise das hipotecas.
Kit da família para fazer compras sem levar embalagens para casa inclui bolsa de pano, sacos de tecido, potes de vidro, garrafa de vidro e caixa de ovos vazia (Foto: Arquivo pessoal)
Kit da família para fazer compras sem levar embalagens para casa inclui bolsa de pano, sacos de tecido, potes de vidro, garrafa de vidro e caixa de ovos vazia (Foto: Arquivo pessoal)
“Decidimos nos mudar para o centro de San Francisco, mas, antes de encontrar a casa ideal, alugamos um apartamento pequeno e fomos só com o necessário. Colocamos as outras coisas em um depósito e vimos que 80% dos bens que tínhamos guardados não fizeram falta. Então, nos desfizemos deles”, relembra.
Antes disso, o meio ambiente não era uma preocupação no dia a dia. A família passou a pesquisar sobre sustentabilidade e resolveu alterar drasticamente a forma de consumir. Scott abandou o antigo emprego e abriu um negócio como consultor de sustentabilidade.
“Compramos muito menos. Se adquirimos algo, é para substituir algum item. Compramos (bens) usados e alimentos a granel. Quando a gente compra um produto embalado, 15% do seu preço corresponde à embalagem.”
Ao contrário do que ela ouvia de conhecidos, o novo modo de vida ajudou a economizar. Segundo Bea, o gasto da família foi reduzido em 40%. A casa é equipada com painel solar e um sistema para coletar a água da máquina de lavar e do banho para irrigar o jardim.
“Substituímos tudo que é descartável por alternativas. Há uma opção reutilizável para tudo, até para camisinhas. Trocamos lenços de papel por panos, absorventes higiênicos por absorventes de tecido e coletor menstrual, guardanapo de papel por guardanapo de pano, não usamos mais cotonetes ou algodão. Eliminamos uma grande lista de produtos. Isso se traduz em uma enorme economia que se acumula a longo prazo”, garante.
Entre os itens de higiene, sabão em barra, bicarbonato para escovar os dentes, pedra de alúmen como desodorante, escova de dentes de bambu e barbeador de metal (Foto: Arquivo pessoal)
Entre os itens de higiene, sabão em barra, bicarbonato para escovar os dentes, pedra de alúmen como desodorante, escova de dentes de bambu e barbeador de metal (Foto: Arquivo pessoal)
Bea é formada em artes plásticas e, hoje, dá consultoria para marcas que querem atender o crescente número de “consumidores conscientes”. Ela defende que não é preciso fabricar vários produtos em casa ou viver fora do sistema para conseguir parar de produzir lixo.
Além da alternativa oferecida pelas tradicionais feiras de rua, supermercados estão se transformando para oferecer cada fez mais produtos a granel, banir sacolas plásticas e facilitar a vida de quem quer comprar sem embalagem. Marcas também apostam em recipientes retornáveis.
No entanto, segundo Bea, a mudança também passa por consumir menos alimentos processados e eliminar produtos de limpeza industrializados.
“Há muito preconceito ligado a esse modo de vida. As pessoas imaginam que é preciso ser hippie, peluda e descabelada para fazer isso”, diz Bea, que só usa roupas de segunda mão e maquiagem caseira.
Ela afirma que qualquer um pode eliminar quase completamente o lixo doméstico seguindo cinco etapas, independentemente de onde mora ou do quanto ganha.
“A primeira coisa é aprender a dizer não. Nesta sociedade de consumo, somos alvo de diversos produtos gratuitos. Sacos plásticos, cartões de visita, amostras, produtos de beleza em hotéis. Cada vez que a gente aceita, é criada uma demanda para que mais seja fabricado. Quanto mais eu recuso, menos coisas eu tenho para reduzir, reutilizar, reciclar e compostar, que são os quatro passos seguintes.”
Economia circular
Um exemplo de compras da família, que não é vegetariana: produtos vão do balcão do supermercado direto para recipientes reutilizáveis (Foto: Arquivo pessoal)
Um exemplo de compras da família, que não é vegetariana: produtos vão do balcão do supermercado direto para recipientes reutilizáveis (Foto: Arquivo pessoal)
“As pessoas pensam ‘eu não vou fazer nada, porque não me cabe, é responsabilidade do fabricante, do governo, eles têm de resolver isso’. Acho que a mudança está nas mãos do consumidor”, diz.
“Cada vez que você compra, tem o poder de apoiar uma prática sustentável ou não. Cada vez que você compra, reforça um tipo de prática de um fabricante. Comprar diferente é uma maneira de votar. O fabricante só produz o que é consumido. Se o consumidor faz diferente, ele cria outra demanda.”
No modelo “zero lixo”, a resposta não está na reciclagem, que ainda é o destino apenas de uma pequena parcela dos resíduos produzidos. O foco é a prevenção do lixo e a reutilização.
O mercado de usados, portanto, se torna vital, porque permite estender a vida útil dos produtos e poupa recursos naturais para a fabricação de novos. Objetos são consertados com frequência e, ao invés de irem para aterros, vão para quem precisa.
“É um pouco como dizer: ‘erramos nos Estados Unidos e está hora de voltar atrás’. Viver sem gerar lixo é o modo de vida do futuro. É como se a gente estivesse aqui para dizer a todos os países em desenvolvimento que almejam ter os hábitos de consumo dos americanos que eles têm a escolha agora de não fazer a mesma besteira”, argumenta.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Ao invés de ir para o rio, o lixo descartável era reciclável...

Durante a estação chuvosa, a água de chuva que escoa sobre ruas, calçadas, terrenos leva aos bueiros e cursos de águas (rios, córregos, canais de drenagem, etc.) uma diversidade de objetos humanos encontrados pelo caminho. 
Muitos destes objetos são resíduos (lixo) e, se não forem levados pela chuva, se transformam em habitat de uma infinidade de seres vivos, inclusive alguns responsáveis por doenças perigosas.  
Por exemplo: os mosquitos utilizam a água acumulada nos recipientes abandonados para criar seus ovos e aumentar sua população; ou mesmo a bactéria L. interrogans, que causa leptospirose, é encontrada na urina de diversos animais que circulam neste lixo.
Em dezembro de 2017, durante um final de semana chuvoso, no Parque dos Saltos, flutuava no Rio Jacaré, um lixo composto por material reciclável que descia o rio, será que terá um destino saudável? Poderia ser reciclado se tivesse sido deixado num local adequado como o tonel da Campanha "Jacaré Recicla", pertinho dali.
Provavelmente ficará por muitos anos no ambiente do rio Jacaré se não for recolhido:

Material
Tempo de Degradação
Aço
Mais de 100 anos
Alumínio
200 a 500 anos
Cerâmica
indeterminado
Chicletes
5 anos
Corda de nylon
30 anos
Embalagens Longa Vida
até 100 anos (alumínio)
Esponjas
indeterminado
Filtros de cigarros
5 anos
Isopor
indeterminado
Louças
indeterminado
Luvas de borracha
indeterminado
Metais (componentes de equipamentos)
cerca de 450 anos
Papel e papelão
cerca de 6 meses
Plásticos (embalagens, equipamentos)
até 450 anos
Pneus
indeterminado
Sacos e sacolas plásticas
mais de 100 anos
Vidros
indeterminado
Fonte: AmbienteBrasil
Foto: Lixo composto por garrafa pet, rotulo de plastico, tampa de plastico, vidro e isopor.

Foto: Tonel da campanha "Jacaré Recicla" no Parque dos Saltos.
O vidro é 100% é reciclável, e melhor, pode ser reciclado diversas vezes.
Os plásticos têm a composição diversificada, e cada tipo apresenta características próprias quanto a ser reciclado (ou não), como recicla e quais os usos após o processo de reprocessamento.
A garrafa pet é um clássico da reciclagem, negocio certo para aqueles que trabalham com coleta seletiva, assim como o alumínio. Transforma-se em malharia, por exemplo.
E o isopor?
O isopor é um tipo de plastico derivado do petróleo, inventado nos laboratórios da Basf na Alemanha no final da década de 40 (século XX), composto por células de poliestireno expandido e cada célula contem 98% ar e 2% poliestireno, dai sua leveza. 
É muito usado na venda (bandejas, por exemplo) e conservação de alimentos (é isolante térmico), apesar da EPA (Agencia de Proteção Ambiental norte-americana) constatar que pessoas que trabalham na produção de isopor sofrerem de dor de cabeça, perda auditiva, problemas neurológicos e aumento da vulnerabilidade para ter leucemia e linfoma.
No ambiente marinho, representa um problema grave pois o bloco de isopor fragmenta-se quando exposto ao impacto da água com a rocha ou areia, e as pequenas unidades de isopor são consumidas pela fauna marinha. Alem de sintético, o isopor funciona como uma esponja, retendo compostos químicos presentes na água(alguns tóxicos: compostos usados nas atividades agrícolas, pesticidas e metais pesados); a fauna marinha come o isopor e também os compostos tóxicos, que se acumulam ao longo da cadeia trófica (o ser humano é consumidor final). 
O mesmo ocorre no ambiente fluvial (ao longo dos rios) e a vida aquática.
Em ambiente terrestre, o isopor também é problema: ocupa um grande volume nos lixões e aterros, apesar de ser reciclável.
A maior barreira para a reciclagem de isopor é estocar e transportar o material, e no processo de reciclagem, perde seu volume de ar !!! Não é um bom negócio para quem coleta seletivamente, dai a urgência de alternativas para a substituir o isopor e, mais importante, diminuir seu consumo!!!
Estudam-se alternativas e o Instituto AKATU apresenta a bioespuma, confira a seguir:

Produção da bioespuma: uma alternativa ao isopor
Algumas indústrias vêm apostando na substituição do isopor por uma solução biodegradável: a bioespuma. Obtida a partir de produtos naturais renováveis, derivados de plantas e sementes como cana-de-açúcar, soja, mamona e coco, também tem a vantagem de se degradar facilmente no meio ambiente. A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em parceria com a empresa Kehl Polímeros, de São Carlos no interior de São Paulo, desenvolveu uma bioespuma que se decompõe em, no máximo, dois anos, na presença de oxigênio. Sem oxigênio, o tempo de decomposição é de três anos.
O material pode substituir o isopor em diversas aplicações, como embalagens de produtos eletrônicos, bandejas de alimentos e substrato para a plantação de mudas na área agrícola.
O descarte da bioespuma, por ser composto de produtos naturais, vai gerar lixo de material orgânico e, conseqüentemente, o malfadado gás metano que é altamente poluente. Como é sabido, isto ocorre na decomposição de qualquer material orgânico. Assim, mesmo se degradando mais rapidamente que o isopor, a bioespuma também será responsável por poluir. 
Outra substituição bastante usada pela indústria como alternativa ao isopor é a polpa moldada (como as de caixa de ovos) feita a partir de papel reciclado e reciclável.
Para a professora Mara Lúcia Dantas, do Laboratório de Embalagem e Acondicionamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ainda são necessários ajustes na formulação da bioespuma. Ela explica que um dos problemas é que as espumas feitas de produtos naturais podem atrair roedores e insetos aos armazéns de estoque.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Campanha Jacaré Recicla

A Campanha Jacaré Recicla é produto da parceria APAE/ONG Movimento Rio Vivo/Brasil Solutions. Ela consiste na revitalização da Coleta Seletiva, seja no porta a porta com a passagem do caminhão da APAE nos bairros, ou mesmo na doação dos materiais separados e entregues nos Ecopontos localizados em diferentes endereços da cidade de Brotas - SP. 

Imagem: imã de geladeira distribuído durante a primeira fase da campanha, informando quando o caminhão irá passar pelos bairros do município.

Contando com o habito da comunidade brotense em separar o lixo gerado nas residencias, a campanha também objetiva a adesão de estabelecimentos comerciais e empresas prestadoras de serviços turísticos, que serão identificados por "selos verdes" fixados na entrada para que a comunidade local e turística saiba quais são.
Na separação do material, a campanha orienta para separar nas categorias: "lixo seco" (reciclável) e "lixo orgânico/ não reciclável", facilitando a ação consciente de dar um destino adequado aos resíduos sólidos.
E o que se recicla? Eis algumas dicas da EBC:

- PAPEL
Reciclável: papeis de escritório, papelão, caixas em geral, jornais, revistas, livros, listas telefônicas, cadernos, papel cartão, cartolinas, embalagens longa-vida.
Não Reciclável: papel carbono, celofane, papel vegetal termofax, papeis encerados ou plastificados, papel higiênico, lenços de papel, guardanapos, fotografias, fitas ou etiquetas adesivas.

- PLÁSTICO:
Reciclável: sacos, CD's disquetes, embalagens de produtos, PET's, canos e tubos, plásticos em geral.
Não Reciclável: plásticos termofixos (em eletro-eletronicos, telefones, eletrodomésticos), embalagens metalizadas (por exemplo, de salgadinhos), isopor.

-VIDRO:
Reciclável: garrafas de bebidas, frascos em geral, potes de produtos alimentícios, copos.
Não Reciclável: espelhos, cristais, vidros de janelas, vidros de automóveis, lampadas, ampolas de medicamentos, cerâmicas, porcelanas, tubos de TV e de computadores.

- METAL:
Reciclável: latas de aluminio, latas de produtos alimentícios, tampas de garrafa, embalagens metalicas de congelados, folhas de flandres.
Não Reciclável: clipes, grampos, esponjas de aço, tachinhas, pregos e canos.

Imagem: adesivo da campanha

O material coletado é destinado ao Barracão de Triagem da APAE, onde é separado e vendido à empresas de reciclagem, gerando verba complementar para a compra de alimentos e remédios para os alunos da Instituição. 
Importante lembrar que o dinheiro levantado pela venda do material reciclável também participou do financiamiento para a construção do barracão de triagem inaugurado em 2013, onde se encontram duas maquinas de prensar e uma esteira.
Alem de ser um Ecoponto, o Barracão de Triagem localiza-se na Alcindo Modulo, 201, no bairro: Campos Elísios.
Outros Ecopontos:
Rua Marechal Deodoro, bairro Santa Cruz
Avenida Ricardo Jordani, 180, bairro Centro (Sede APAE)